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Crônica da malandragem.

      A riqueza do artista é a sua arte, só que nem sempre a arte produz a liquidez necessária ao bem-estar do artista.

 Zé Tamanco faturava no carteado e com a mulherada. Ele também escrevia, não pelo dinheiro, mas por gosto. O Zé tinha alguns textos publicados no jornal. Ele sabia que dificilmente conseguiria viver única e exclusivamente da literatura. O próprio "Machado de Assis", o mestre maior da nossa literatura, não conseguiu viver só das letras. Machado trabalhou como aprendiz de tipógrafo e já mais velho, ele teve o cargo de "Diretor Geral de Aviação". Cargo que equivaleria, atualmente, ao de Secretário de Transportes.

 Mas também, não se podia dizer que com a literatura o Zé Tamanco não faturava nem para o café. O Zé quando ia entregar o texto na redação do jornal, ele sempre filava um cafezinho na sala do chefe da redação. Logo os textos do Zé Tamanco rendiam a ele, pelo menos, um café.

 

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